sábado, 28 de setembro de 2013


Temos que concordar: ela cresceu! Há muito tempo, é bom reiterar, que Miley Cyrus quer desvincular sua imagem de cantora solo da estrela da Disney que a içou ao sucesso. Se isso deu certo ou não, cabe a cada um chegar a sua própria conclusão; particularmente,quando a vejo no palco, tenho a impressão de que se trata de uma 'Hannah freak sexual Montana 2.0'. Que saudade do 'Melhor dos dois mundos'... De qualquer forma, dá para sacar que essa reviravolta da artista, prestes a completar 21 anos, foi arquitetada para que ela se tornasse história. Bom, o plano deu certo, ela virou história. Mas, talvez não da forma como a nova rebelde do pedaço gostaria.

Em um recente documentário da artista, ela afirmou que a ideia era chocar sua audiência e assinar a história da música "como Britney e Madonna fizeram no VMA". É difícil sequer comparar, mas como a própria fez questão de se colocar nesse patamar, cabe a nós, meros consumidores vorazes de cultura pop, cortar um pouquinho o salto da estrela e colocá-la no lugar dela (hoje eu tô venenoso, minha gente). Quando Miley se referiu ao maior ícone da geração 2000 (Britney) e ao maior ícone feminino da música pop (Madonna), ela trouxe à tona duas apresentações que deram o que falar e que, de fato, são lembradas até hoje: Like a Virgin, de Madonna (VMA 1985); e Oops I did it Again (VMA 2000), de Britney.

Vamos contextualizar? (sim, eu quero que vocês mergulhem nesse universo #AltruísmoPuro)



Em 2000, Britney estava lançando o seu segundo disco, sucessor de "Baby One More Time", que vendeu mais de 25 milhões de cópias. A garota, apesar de não ter uma puta voz, era uma mestra performática aos 18 anos (idade que tinha à época). Aproveitando o bom momento em sua carreira, ela entoou "Satisfaction", dos Rolling Stones, trajando um terno e, aos poucos, foi fazendo um strip-tease para que, quando finalizado, começasse a cantar o som que era o hit do momento "Oops I did it Again", aquela que ela dizia que "não era mais tão inocente". Claro, repercutiu muito à época. Britney estava na transição e, apesar das críticas sobre sensualidade exacerbada, ninguém do time do contra foi capaz de levantar um dedo para falar do bom gosto da apresentação e de como aquela menina dominava a cena, naquele momento. Sim, o resultado foi ser convidada para encerrar o evento no ano seguinte. Ela o fez, cantando "Slave 4 you" com direito a uma cobra enrolada no pescoço e tudo. Enfim, isso é história.


Em 1985 (isso é mesmo necessário?), Madonna, vestida de noiva, cantou o ETERNO hit "Like a Virgin", enquanto rolava pelo chão, entoando coisas como "uma virgem, tocada pela primeira vez". UM CLÁSSICO da indústria do entretenimento. Esse, até hoje, é considerado um divisor de águas de como uma popstar deve se portar em cima de um palco para, pelo menos, tentar alçar uma alcunha de nobreza - realeza, como é o caso da Madge, é para poucas, muito poucas... Sem contar, que estamos falando dos anos 80, quando vários valores do "politicamente correto" foram desafiados pelo que a Madonna propôs - e até hoje, depois das várias reinvenções, propõe em seu trabalho. Sim, meu povo, isso é HISTÓRIA.

Agora,  depois de tudo isso, afirmar que a ideia era fincar o nome no panteão das grandes performances no VMA, apenas colocando a língua para fora e mexendo (de uma forma um tanto desengonçada) o bumbum, é brincar um pouquinho com a inteligência e com bom gosto da audiência. Comparar-se a Britney nesse sentido é uma blasfêmia. No caso da Madonna, então, um PECADO. Miley é uma boa cantora, mas precisa seguir devagar rumo ao pote de ouro, antes que vire não A lenda, mas A piada da história. Afinal, é necessário mais do que lamber, nua, um martelo para ser lembrada. Agora, causar, convenhamos, ela causa mesmo.

Então, people, se vocês ficaram curiosos e quiserem comparar, eu, com o meu altruísmo que não cabe em mim (hehehe), coloco os vídeos aqui procês. Enquanto isso, escuto aquela musiquinha bonitinha "you got the best of the both worlds", de uma menina chamada Hannah, que já não existe mais.

Madonna (VMA 1984):


Britney (VMA 2000):
Miley (VMA 2013):


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3 comentários:

  1. Que saudade do 'Melhor dos dois mundos' KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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  2. VMA é da Britney. Sempre será! Depois dela, nunca vi nos aquecimentos dos VMA's seguintes, aquela expectativa por tal artista como era com a Britney. Essa Miley não se enxerga em comparar sua dancinha ( nem chamo de performance) com as dos dois grandes ícones do VMA? Me poupe.

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