Depois de quase ter tido um “ataque do coração”, no
belíssimo single de estreia do quarto álbum de estúdio; e de ter cantado sobre
um amor “made in USA”, na segunda música de trabalho, Demi Lovato joga tudo
para o alto e cai na pista de dança em seu novo hit. Em “Neon Lights”, cujo
videoclipe foi lançado hoje, a jovem, de 21 anos, ferve em meio a dançarinos
sem camisa e dançarinas com pouca roupa, enquanto entoa seus poderosos – e
tradicionais - agudos no tom da batida frenética da canção. Ah, ela também faz
caras e bocas para a câmera, nesse que nós, do Décimo Andar, encaramos como a
versão mais próxima de uma linda Vagabunda da ex-estrela da Disney. Adoramos!
“Neon Lights” começa serena, como as águas de onde Demi
surge no videoclipe. Ao passo de versos como “Fique calmo, coração, porque você
está pirando”, a levada vai ganhando contornos eletrônicos até explodir em um
refrão dance para Britney nenhuma colocar defeito. Com madeixas azuis, ela
canta em frente ao espelho e dança no meio da galera em um local repleto de
luzes... Adivinhem?... Neon. Além, é claro, de cair na balada em uma boite que,
para dar o efeito ‘estou vivendo a mil a minha vida’, chove enquanto eles
esfregam na nossa cara a juventude que exalam. Volta aqui, 21 anos!
Esta é a primeira vez (e talvez a única até o momento) que
Demi Lovato flerta com um som desse gênero. Apesar de fazer música
essencialmente pop, a cantora segue (normalmente) uma linha mais melódica, com letras
que falam mais de sentimento; um cunho até pessoal. Em seu atual compilado,
porém, a artista deixou o tom mais obscuro dos álbuns anteriores de lado, e
explora temas mais leves no repertório. Um bom álbum! Esse, talvez, seja um produto do momento que
ela esteja passando. Diferente de crises pelas quais a cantora já passou.
Teorizando sobre a
nova fase de Demi:
Para quem sofreu desilusões amorosas, anorexia e bullying
durante a adolescência ai que dó, gódi, virar uma celebridade
adolescente com fãs ao redor do mundo pode ser um bom remédio. Se não
funcionar, é só tomar, rotineiramente, uma boa dose de substâncias ilegais das
pesadas, please e causar bastante. Ah, e não se esqueça de ir à
reabilitação! Depois desse leve processo, a matéria prima para se reinventar
e transformar os fantasmas do passado em uma boa catarse de músicas fodas
boas deverá estar pronta. No caso dela, estava!
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Vale ressaltar que a música não tem lá muita originalidade,
muito pelo contrário. O som segue a fórmula de sucesso de outras
cantoras do gênero de uma forma que funciona. Associando a boa produção com a
potência vocal da moleca, o resultado, apesar de não ser revolucionário,
encanta. Então, chega de falar, ferre o interruptor do seu quarto - enquanto
acende e apaga as luzes - encha os
Brilha, meu povo. Brilha!
