quinta-feira, 28 de julho de 2011

Na semana inaugural do nosso blog, o cenário musical perdeu um pouco do seu brilho. Diante do baque que sofremos, apesar da tragédia anunciada, o assunto da primeira postagem sobre música aqui no Décimo Andar não poderia ser outro. E é claro que o tema é Amy Winehouse. Muito já foi dito sobre essa louca desvairada, já falaram e a chamaram de tudo e mais um pouco desde sábado, 23 de julho, o dia em que nós deixou aos 27 anos, assim como outros grandes ídolos da música. Mas o foco aqui é diferente do que foi explorado por aí. Não me interessa a causa-mortis, não importa o quanto bebeu, quantas carreiras cheirou ou deixou de cheirar, quantos baseados ou pedras de crack fumou e nem quantos alucinógenos tomou. Essa postagem, infelizmente, é uma lamentação sobre o grande pesar de não podermos contar mais com o seu talento, com sua voz inconfundível e letras melancólicas.

Amy Jade winehouse, nascida em 14 de setembro de 1983 no subúrbio de Londres, só conseguiu lançar dois Álbuns para o nosso azar. O primeiro deles foi “Frank” em 2003, lançado apenas no Reino Unido, num tempo em que Amy ainda cultivava curvas e uma aparência saudável. Bem, essa não é Amy que ficou nos holofotes. A figura pin-up, esguia, mas com uma grande voz foi moldada com “Back to Black” em 2006, que chegou ao segundo lugar da Billboard, vendeu 11 milhões de cópias e rendeu cinco prêmios Grammy. Foi com esse trabalho que Amy atingiu o sucesso e nos agraciou com seu vozeirão ao cantar músicas como “Rehab”, “You Know I’m no good”, “love is a losing game” e a canção que
da título ao álbum “ Back to Black”.

Encontramos algumas discussões na internet, nas quais não se consegue definir se o timbre de voz de Amy era tenor, mezzo-soprano ou contralto. Talvez fosse uma mistura disso tudo, não possuo gabarito para opinar, mas o fato é que arrepiava
e vai continuar arrepiando. Isso porque, a cantora que podemos chamar de “diva do soul”, já estava com o terceiro álbum em andamento. Sem lançar nada desde 2006, deixou um grande material guardado, suficiente para três álbuns, isso segundo o jornal “Daily Telegraph”. Portanto, tem mais Amy por aí.

A qualidade do material ainda é desconhecida e podem ser apenas demos, já que o trabalho em relação ao terceiro álbum, ao que parece, caminhava devagar, pois Amy seguia com seus problemas com as drogas e álcool. A divulgação desse trabalho deve ocorrer até o fim do ano para que ainda pegue a onda de homenagens à cantora, só deve mesmo depender de questões contratuais e tramites entre a gravadora Universal e os pais de Amy, Mitch e Jadi Winehouse.

Enquanto isso a ansiedade por ouvir essa voz magnífica fez “Back to Black” desaparecer das prateleiras de lojas no Brasil e no resto do mundo. Segundo Viriato Felipe, diretor de marketing e comunicação institucional da FNAC, em entrevista a agência de notícias portuguesa LUSA, o aumento nas vendas desde sábado chegou a 300%. Além disso, as vendas de músicas da britânica lideram a lista de títulos mais vendidos do Itunes em 14 países e está em segundo lugar no Reino Unido, Estados Unidos e Irlanda. Podemos até comparar com a movimentação ocorrida no pós morte de Michael Jackson e que segue até hoje, mas em uma escala menor, visto que MJ tinha muitos anos de estrada, enquanto Amy, estava só no início.

No entanto, mesmo com sua curta carreira, sua figura foi tão marcante, seu talento e sua voz tão maiores que suas confusões amorosas e seus vícios, que Amy irá influenciar muita gente boa nesse mundo da música. Segundo a queridinha da vez no Reino Unido, Adele, ela foi sua grande influência e abriu portas para novos talentos como ela.

Essa influência ultrapassava as barreiras musicais. Seu estilo de olhos bem delineados, penteado e roupas com um toque entre os anos 50 e 60 vai continuar a abrilhantar a moda. Seu estilo pin-up rendeu uma parceria com a grife Fred Perry e as coleções de inverno 2011, verão
2012 e inverno 2012 já estavam prontas. Além de músicas novas, seu pós morte também renderá roupas novas, essas coleções serão mais que especiais, já que depois delas não haverão outras.

E muito já se falou da maldição dos 27 anos, que além de levar Amy, também levou talentos como Jimi Hendrix, Jim Morrison e Kurt Cobain. Porém a grande comparação que podemos fazer com Amy winehouse é em relação com a dona de uma das vozes mais marcantes da história da
música (lista na qual Amy também faz parte), a diva Janis Joplin, que também morreu aos 27 graças a uma overdose de heroína.

Amy e Janis com suas lindas vozes negras, assim como os outros ídolos citados, serão lembradas para sempre. E a próxima geração vai aplaudir e se lamentar de não ter acompanhado a breve carreira de Amy Winehouse, da mesma maneira que lamento não ter visto Janis, Kurt, Hendrix e Morrison. Nasce um ícone. A boa música nunca morre, está sempre viva no coração de seus amantes.

Para Mônica Geller, personagem da antológica série de comédia "Friends", uma era é "um período significativo de tempo". E por isso que toda a saga de Harry Potter é, para mim e todos os fãs, uma era. Era esta que chegou ao fim em 15 de julho de 2011. Quatorze anos, sete livros e oito filmes depois da publicação do primeiro livro da saga - A Pedra Filosofal - chegou nos cinemas na sexta-feira, 15 de julho, o último (e muito aguardado) filme do bruxo que conquistou gerações de crianças e adultos: Harry Potter. Esse filme trouxe a segunda parte do sétimo livro - As Relíquias da Morte. Antes de tudo tenho que comentar que essa divisão em dois filmes foi a decisão mais sábia que poderia ser tomada. Ao contrário da maioria dos outros filmes, em que eu senti falta de partes cruciais, esses dois últimos conseguiram amarrar bem a história final que tinha muitos detalhes e momentos importantes. Óbvio que sempre falta alguma coisa ma, na minha opinião, o filme foi muito bem feito e muito bem explicado, quem não leu os livros não deixou de entender nada.





Para quem não viu o filme e/ou não leu o livro, aviso: esse post contêm milhares de SPOILERS! Não tenho muitas críticas para fazer ao filme (sim, tenho algumas críticas em relação ao livro, mas esse não é o assunto do post de hoje!) muito pelo contrário, o filme era exatamente o que eu estava esperando. Ele já começa bem porque as duas partes foram dividas em um momento estratégico - quando Voldemort pega a varinha do túmulo do Dumbledore, a Elder Wand - que foi uma divisão bastante inteligente porque a primeira parte não ficou com aquela cara de filme mal-acabado (tipo o primeiro "Senhor dos Anéis" em que falam - não lembro quem - "Vamos destruir o anel..." e pá, o filme acaba! E você, caro expectador, fica com cara de babaca esperando a continuação que só veio quase um ano depois) e foi um bom gancho para o segundo começar.


O filme é recheado de drama e tensão e é exatamente por isso que ele se separa dos demais filmes. Não que os outros não tenham sido dramáticos, mas eles ainda tinham aquele ar um tanto infantil (o que mudou, principalmente, a partir do final do Cálice de Fogo, com a morte do Cedrico e a volta do Voldemort). Quando se fala em Harry Potter, muitos pensam em livros e filmes para crianças mas esse último filme, principalmente, mostrou que não era bem assim. Morte de personagens importantes e batalhas épicas (aí Rafa hahahaha) marcaram boa parte do filme. Outro fato muito importante do do filme foi trazer uma velha questão de volta: nem tudo é preto ou branco, existem vários tons de cinza. Isso a gente percebe muito quando o Harry acompanha as lembranças do Snape na penseira e a conversa deste com o Dumbledore. Ali eu acho que foi a grande sacada da Rowling: a gente vê que quase ninguém é tão bonzinho ou tão mal, os personagens são apenas seres humanos que erram e acertam, tem defeitos e qualidades. Outro ponto em que acertaram em cheio foi manter um certo ar cômico em um filme carregado de tensão, isso deu uma certa leveza ao filme.


O nome do filme: Severo Snape. (que claro, é o nome do livro também). Mesmo você já sabendo o final, não tem como não se emocionar com a história dele. Quem não leu os livros então, se surpreende ainda mais. Na minha humilde opinião, este foi o melhor personagem da saga: o mais dúbio, o mais misterioso, o mais interessante. O Alan Rickman deu um show de atuação. Aliás, não só ele. O trio principal - Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint - estavam sensacionais, atuaram como nunca, assim como grande parte do elenco. Uma das poucas exceções foi a insossa Bonnie Wright (a pequena Ginny Weasley) que, sinceramente, tanto como atriz como quanto personagem podia ser simplesmente apagada da série. (preciso dizer que eu não simpatizo com ela?).


As únicas críticas que eu faço são que as três mortes mais importantes do livros não foram mostradas: Lupin, Tonks e Fred Weasley. Eu acho que eles mereciam um final super dramático, daqueles que conseguem arrancar lágrimas de todo o cinema. Ver eles mortos no chão foi muito tocante, mas acho que as cenas inteiras fizeram falta. Outro ponto que eu, particularmente, não gostei foi o fato da Hermione ter sido um pouco "emburrecida" no final do filme, principalmente depois de beijar o Rony. Tá, tá...eu sei que fazia parte mas eu não curti. A Hermione é o gênio do trio e por mais que mudar isso em alguns momentos seja interessante, em partes cruciais do filme eu acho que não é legal.


Tirando isso, o filme é genial apesar de eu preferir a primeira parte (e sei que muitos vão querer tacar pedras em mim depois de ler isso). Explicando: a expectativa desse último era muuuuito grande e da primeira parte nem tanto. E o que aconteceu, pelo menos para mim, foi que a primeira parte excedeu as expectativas, a segunda não. Foi um grande filme, mas foi exatamente como era esperado.



Muitas especulações apareceram esse ano de que seria escrito um novo livro da saga, que chegou a assustar os atores do filme. Mas, na verdade, era só o livro "Harry Potter: Page to Screen" (Harry Potter: Das Páginas Para As Telas), que vai falar como foi a produção dos filmes. E eu, mesmo sendo fã, fiquei feliz que não vai ter outro livro da saga. Odiaria ver a J.K. Rowling escrever mais um livro só para engordar (ainda mais!) a sua conta bancária. Se ela fizesse isso, ia ficar tosquérrimo (igual aquele epílogo que, vamos combinar, ninguém merece!). Como dizia em todos os cartazes de divulgação "It all ends". E terminou...de uma maneira excelente.

domingo, 24 de julho de 2011

No décimo andar da faculdade de Comunicação da UERJ surgiu a conversa sobre fazer um blog. Mas um blog sobre o que? Sobre algo que realmente gostássemos e tivéssemos prazer em escrever. E isso para nós é, principalmente, cinema, música e televisão!
  
Cinema é arte, é informação, é realidade, é cultura, é magia. Cinema pode te colocar face a face com a mais dura  das realidades, e ao mesmo tempo, te transportar para a mais louca das fantasias. Cinema às vezes exige compreensão, entendimento, mas em outros momentos só quer proporcionar diversão. Cinema encanta e choca, faz chorar até não ter mais lágrimas e também faz chorar de tanto rir. Faz a gente pensar, pensar muito! Traz nossos personagens dos livros e dos palcos para as telas. Ainda preciso dizer por que vou escrever sobre cinema?
Aqui vocês vão me ver dando opinião sobre os mais diversos filmes. Pode ser uma estréria que eu tenha visto no fim de semana ou um filme que eu vi há anos atrás, independente do autor e gênero. Óbvio que eu tenho minhas preferências (não se espantem se vocês virem muito romance, drama e terror por aqui) mas eu sempre procuro ver filmes diferentes, que me chamem atenção e que tenham algo para me acrescentar. Vocês vão ver que eu pulo do cult ao blockbuster com muita facilidade... e espero muito que vocês curtam a minha visão da sétima arte. (Rê)


Música? Por que música? Porque sim, oras!! É ela quem esta conosco o tempo todo. Mesmo quando não estamos com nada na cabeça, alguma música pode estar povoando nossos pensamentos. Às vezes nem notamos sua presença, mas é fato que ela é nossa companheira de todos os dias. Do toque do celular até o ingrediente principal da sua balada no fim de semana. Com o tempo, ficará visível minha pegada rock'n'roll. Mas fiquem tranquilos, pois não esquecerei os outros estilos musicais que tanto agradam uns e outros por aí. O funk, o pagode, o sertanejo, o pop e tudo mais estará por aqui, nem que seja para falar mal. Afinal, essa ciência exata será meu objeto de pesquisa e nada pode passar despercebido. A idéia é falar da música e de todo o universo que ela nos permite explorar. Passando por dicas, críticas e nostalgias.
Portanto, aqui nós teremos música para relaxar, música para dançar, música para pensar, música para balançar a cabeça e para rebolar a bunda. (Jolly)

Por que falar de televisão: A idéia é falar sobre a programação. Em breve, vocês verão uma certa tendência a falar sobre seriados. Para mim, um dos conteúdos mais incríveis da televisão são os seriados. Neles, podemos rir, chorar, ficar extremamente revoltados, jurar que nunca mais veremos aquilo novamente, e 5 minutos depois estar falando como o episódio foi sensacional, tudo isso sem nem ao menos mudar de canal (ufa!). A verdade é que qualquer um consegue se identificar com algum personagem ou com alguma situação que vemos na televisão, e esse identificação cria um telespectador fiél.
Afinal, como assistir Friends e não querer acompanhar o dia a dia deles? Como para de assistir Simpsons e não querer descobrir se a Maggie vai virar criança algum dia? Como não assistir as 24 horas de Jack Bauer? Quem não vibrou quando o Jack Shepard finalmente saiu da ilha? Quem não vibrou quando ele voltou para a ilha? Como não torcer para que o Dexter nunca seja preso? Como não chorar com os casos de E.R? Enfim ... IDENTIFICAÇÃO! Na minha opinião, essa é a chave para um seriado bem sucedido. Quando os personagens são reais, quando você acredita na situação e consegue se identificar, você vai até o fim com aquela história! (Vanessa)


Então, de agora em diante, vocês poderão acompanhar nossos comentários totalmente imparciais, críticas fundamentadas em anos de estudo e observações pertinentes sobre esses assuntos que tanto amamos! E, de vez em quando, nos aventuraremos a falar sobre outras coisas também!

Aguardem e confiram :D
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