segunda-feira, 8 de abril de 2013


Há cerca de uma década, o pop foi engolido pela ondinha nigger do hip-hop. Naquela ocasião, munido de bermudas largas, bonés de lado, tipo americanos do Queens, a molecada menos eu que já era um cara maduro #soquenão – entoava aqueles refrões monossilábicos como hinos de um lugar que, apesar da falta de domínio do idioma local, eram suas pátrias musicais. Mas essa época passou #oremos, Timbaland ficou desempregado e tudo isso ficou ultrapassado. Foi aí que, de espreita, chegou o eletrônico. Aos poucos, ele foi saindo das tendas e festivais especializados e se infiltrou nas novas obras dos artistas como o suprassumo da novidade - valeu, Black Eyed Peas.  Será que não é hora de variar um pouquinho?

Deixo claro que sempre que lançam uma música do gênero eu sou o primeiro a ver qual é a da parada. Ultimamente, no entanto, tenho a impressão de que está tudo muito parecido, muito homogêneo. Não importa se é Gaga, Britney, Madonna ou as outras de escalão mais baixo (amo todas, realezas e plebeias); a base da budega é a mesma: sintetizadores, sintetizadores e dubstep. Disseram que, em 2013, as baladas serão a nova onda, mas não acredito. Afinal, a cultura pop é uma festa,  voz e violão não satisfaz. Mas variar um pouquinho as produções não faz mal: um instrumento de corda aqui, uma guitarrinha acolá (até "Doce Mel" da Xuxa começa com um riff, pô); de repente, uma bateriazinha ao fundo, junto com o que já existe, também não iria mal. Pode dar samba... aliás, pop. 

Se o cenário está realmente desgastado ou  se isso é apenas um produto da minha velhice precoce, eu não sei. Mas quem saiu na dianteira do movimento "mundo, sou diferente" foi o Justin Timberlake. Seu novo trabalho soou vintage e moderno ao mesmo tempo, não é à toa que o novo disco do moço, "The 20/20 experience",  alcançou quase 1 milhão de cópias na primeira semana de vendas... Por hora é só, esse cara merece um post só para ele.

Além dele, tem a deliciosa e periguete Marina & the Diamonds, com a sua ótima "How to be a heartbreaker". Ao passo que ela ensina como as garotas devem maltratar os nossos pobres coraçõezinhos #sensível, uma base de violão dá o tom e, no fim das contas, é o que fica martelando na cabeça. Ou seja, jovens cristãos, a fórmula funciona e ainda é moderna.

 (Marina & the Diamonds mostrando o celibato em "How to be a Heartbreaker")

O que resta é esperar os acontecimentos na indústria das notas musicais ownn para descobrirmos se essas mudanças se revelarão tendências, ou se nossos corpinhos ainda serão dominados pelo "tunti-tunti-tunti" nas baladas por um bom tempo. 

Alguém, por acaso, tem uma bola de cristal?


* E aí, galera, eu sou o Rafa e esse é o meu début aqui no blog junto com as queridonas. Mas não se preocupem, do mesmo jeito que elas, adoro música, televisão e cinema. Por último e não menos importante, sou mais um produto do laboratório louco que é o décimo andar. X.O.X.O

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