quinta-feira, 28 de julho de 2011


Para Mônica Geller, personagem da antológica série de comédia "Friends", uma era é "um período significativo de tempo". E por isso que toda a saga de Harry Potter é, para mim e todos os fãs, uma era. Era esta que chegou ao fim em 15 de julho de 2011. Quatorze anos, sete livros e oito filmes depois da publicação do primeiro livro da saga - A Pedra Filosofal - chegou nos cinemas na sexta-feira, 15 de julho, o último (e muito aguardado) filme do bruxo que conquistou gerações de crianças e adultos: Harry Potter. Esse filme trouxe a segunda parte do sétimo livro - As Relíquias da Morte. Antes de tudo tenho que comentar que essa divisão em dois filmes foi a decisão mais sábia que poderia ser tomada. Ao contrário da maioria dos outros filmes, em que eu senti falta de partes cruciais, esses dois últimos conseguiram amarrar bem a história final que tinha muitos detalhes e momentos importantes. Óbvio que sempre falta alguma coisa ma, na minha opinião, o filme foi muito bem feito e muito bem explicado, quem não leu os livros não deixou de entender nada.





Para quem não viu o filme e/ou não leu o livro, aviso: esse post contêm milhares de SPOILERS! Não tenho muitas críticas para fazer ao filme (sim, tenho algumas críticas em relação ao livro, mas esse não é o assunto do post de hoje!) muito pelo contrário, o filme era exatamente o que eu estava esperando. Ele já começa bem porque as duas partes foram dividas em um momento estratégico - quando Voldemort pega a varinha do túmulo do Dumbledore, a Elder Wand - que foi uma divisão bastante inteligente porque a primeira parte não ficou com aquela cara de filme mal-acabado (tipo o primeiro "Senhor dos Anéis" em que falam - não lembro quem - "Vamos destruir o anel..." e pá, o filme acaba! E você, caro expectador, fica com cara de babaca esperando a continuação que só veio quase um ano depois) e foi um bom gancho para o segundo começar.


O filme é recheado de drama e tensão e é exatamente por isso que ele se separa dos demais filmes. Não que os outros não tenham sido dramáticos, mas eles ainda tinham aquele ar um tanto infantil (o que mudou, principalmente, a partir do final do Cálice de Fogo, com a morte do Cedrico e a volta do Voldemort). Quando se fala em Harry Potter, muitos pensam em livros e filmes para crianças mas esse último filme, principalmente, mostrou que não era bem assim. Morte de personagens importantes e batalhas épicas (aí Rafa hahahaha) marcaram boa parte do filme. Outro fato muito importante do do filme foi trazer uma velha questão de volta: nem tudo é preto ou branco, existem vários tons de cinza. Isso a gente percebe muito quando o Harry acompanha as lembranças do Snape na penseira e a conversa deste com o Dumbledore. Ali eu acho que foi a grande sacada da Rowling: a gente vê que quase ninguém é tão bonzinho ou tão mal, os personagens são apenas seres humanos que erram e acertam, tem defeitos e qualidades. Outro ponto em que acertaram em cheio foi manter um certo ar cômico em um filme carregado de tensão, isso deu uma certa leveza ao filme.


O nome do filme: Severo Snape. (que claro, é o nome do livro também). Mesmo você já sabendo o final, não tem como não se emocionar com a história dele. Quem não leu os livros então, se surpreende ainda mais. Na minha humilde opinião, este foi o melhor personagem da saga: o mais dúbio, o mais misterioso, o mais interessante. O Alan Rickman deu um show de atuação. Aliás, não só ele. O trio principal - Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint - estavam sensacionais, atuaram como nunca, assim como grande parte do elenco. Uma das poucas exceções foi a insossa Bonnie Wright (a pequena Ginny Weasley) que, sinceramente, tanto como atriz como quanto personagem podia ser simplesmente apagada da série. (preciso dizer que eu não simpatizo com ela?).


As únicas críticas que eu faço são que as três mortes mais importantes do livros não foram mostradas: Lupin, Tonks e Fred Weasley. Eu acho que eles mereciam um final super dramático, daqueles que conseguem arrancar lágrimas de todo o cinema. Ver eles mortos no chão foi muito tocante, mas acho que as cenas inteiras fizeram falta. Outro ponto que eu, particularmente, não gostei foi o fato da Hermione ter sido um pouco "emburrecida" no final do filme, principalmente depois de beijar o Rony. Tá, tá...eu sei que fazia parte mas eu não curti. A Hermione é o gênio do trio e por mais que mudar isso em alguns momentos seja interessante, em partes cruciais do filme eu acho que não é legal.


Tirando isso, o filme é genial apesar de eu preferir a primeira parte (e sei que muitos vão querer tacar pedras em mim depois de ler isso). Explicando: a expectativa desse último era muuuuito grande e da primeira parte nem tanto. E o que aconteceu, pelo menos para mim, foi que a primeira parte excedeu as expectativas, a segunda não. Foi um grande filme, mas foi exatamente como era esperado.



Muitas especulações apareceram esse ano de que seria escrito um novo livro da saga, que chegou a assustar os atores do filme. Mas, na verdade, era só o livro "Harry Potter: Page to Screen" (Harry Potter: Das Páginas Para As Telas), que vai falar como foi a produção dos filmes. E eu, mesmo sendo fã, fiquei feliz que não vai ter outro livro da saga. Odiaria ver a J.K. Rowling escrever mais um livro só para engordar (ainda mais!) a sua conta bancária. Se ela fizesse isso, ia ficar tosquérrimo (igual aquele epílogo que, vamos combinar, ninguém merece!). Como dizia em todos os cartazes de divulgação "It all ends". E terminou...de uma maneira excelente.

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3 comentários:

  1. Falou tudo Re! E tambem concordo que a parte I foi melhor q a II ... mas pra mim na parte II ficou faltando o golpe final no Voldemort ... ele virando cinzas nao convenceu ninguem! Um pequenino detalhe q no final das contas nao muda o fato de q foi FODA!

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  2. Muito bom, Rê ! Não vou falar do conteúdo, porque não vi o filme ainda, mas o jeito que vc escreve não cansa a gente de ler. Ainda acho que Zé Wilker ficaria no chinelo ! haha

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  3. Eu sou super fã de HP, e concordo contigo q aquele epílogo do livro foi meeeeeeeeeeeega tosco! Até minha sobrinha ( q tinha 15 anos, na época) riu litros com ele.

    E eu gostei do final versão filme tbm... Só ficou aquele vazio de não ter mais nada pra esperar. Que, depois, se mostrou até edificante, pq ninguém merece livros caça-níqueis, tipo a sexta edição do Mochileiro das Galáxias.

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