sexta-feira, 17 de maio de 2013

Hoje é celebrado o Dia Mundial contra a Homofobia. Se você quer saber porque é só clicar aqui. Aproveitando a deixa, venho deixar uma dica minha para esse dia: a série Queer as Folk. Quem me conhece pessoalmente já me ouviu falando dessa série umas duas ou três (ok, talvez dez ou vinte) vezes.


 
A série da Showtime é tão apaixonante quanto realista. Exibida entre 2000 e 2005, ela abordou temas que ainda naquela época eram tabus: HIV, adoção de filhos por casais gays, casamento gay, direitos LGBT, preconceito, aceitação da família...enfim, diversos temas que simplesmente não eram nem comentados, muito menos exibidos e discutidos na televisão. 

Os dois personagens principais de QAF são Brian Kinney e Justin Taylor. Mesmo sendo completamente diferentes, os dois conseguiram formar um dos casais  mais incríveis que eu já tive o prazer de acompanhar. Não conheço uma pessoa que tenha visto a série que não coloque esses dois no TOP 10 melhores casais de séries. 

Sabem aquele cara fodão? Então, esse é o Brian, daqueles caras que todo mundo quer um pedaço (ou ele inteiro...rs). Egocêntrico, bem-sucedido, charmoso, ninfomaníaco e incapaz de manter uma relação. Até que um belo dia ele encontra o Justin, um menino de 17 anos, muito bonito e que ainda está se resolvendo com a sua sexualidade. O que deveria ser apenas uma transa de uma noite se torna um dos relacionamentos mais complexos e bonitos já mostrados na TV. A relação deles é boa parte do que a série é e eles protagonizam a maior parcela dos bons momentos de QAF.

Mas temos outros personagens que roubam tanto a cena quanto eles dois: 
Michael, o melhor amigo do Brian, que tem uma paixonite por ele; Emmet, o mais extravagante do grupo e Ted, aquele que está vivendo a crise da meia-idade e tem diversos problemas de auto-estima. Eles completam a "gangue" que está sempre junta seja na lanchonete da mãe do Michael, Debbie, ou na boate Babylon.  Esses são os dois principais pontos de encontro entre esses amigos e onde se desenrolam boa parte das histórias.

Apesar de ser uma série com enfoque nos personagens homossexuais masculinos, as mulheres tem presença forte em Queer as Folk também. O casal vivido por 
Lindsay  e Melanie é muito presente na vida deles, e são as grandes responsáveis por trazer Justin ao convivio deles quando o Brian ainda tenta fugir dele. Debbie representa aquela mãe que qualquer um - gay,hétero, bi, trans - gostaria de ter: ela sempre entendeu a sexualidade do Michael e apoiou, além de ser a mãezona do grupo todo.   Ainda temos a mãe do Justin, que vai aprendendo a lidar com o filho com o passar do tempo e Daphne, a melhor amiga de Justin.

Enfim, a série é sensacional! Ela abriu portas para todas as séries com a temática LGBT que surgiram depois, quebrou preconceitos e paradigmas, levantou questões relevantes para a sociedade nesse aspecto. E conseguia isso tudo sem ser apelativa ou clichezona demais. Óbvios, os clichês existiam mas não tomavam conta da série. 

Tenho algumas críticas a série, com certeza: o excesso de cenas de sexo nas primeiras temporadas (algumas eram muito importantes para a série, outras eram descartáveis); a falta de discussões como bissexualidade e transexualidade e, principalmente, a falta de um personagem hétero masculino que não fosse homofóbico (eles existem, não é lenda!) Mas a série me conquistou de uma forma que poucas conseguiram. E eu super recomendo! 

Para finalizar, deixo dois momentos UAU da série. Existem muitos outros mas esses dois chamaram a minha atenção por duas razões bem distintas.

- Season Finale da Primeira Temporada: o baile de formatura do Justin. Uma das cenas mais delicadas e incriveis da série inteira. Nunca vou superar essa dança (e nem o que aconteceu depois, que não é nada feliz, mas foi um grande plot da série)



- A explosão da boate que eles frequentavam: Babylon. Foi um momento muito importante do final da série que teve várias repercussões. Inclusive, um dos momentos mais bonitos entre Justin e Brian. A primeira vez que o Brian diz eu te amo para o Justin nessas 5 temporadas.


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10 comentários:

  1. Só eu que achei esse Brian muito, tipo muito, velho pra esse tal de Justin? O.O

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  2. Mas eles tinham uma diferença de idade mesmo, mais de 10 anos. Mas engraçado, nunca achei que essa diferença aparecesse tanto não!

    E o Justin não é a cara do Sam de Glee?

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  3. Só teve um probleminha! Esse Brian se mostrou um "piranhudo" de mão cheia. Com, é que não pegou dst ou Aids de tanto que trepou. Aliás, todos eles.

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    1. Porque camisinha existe ! E o Brian desde da primeira transa do Justin (que por acaso foi com ele) ensinou a importância da camisinha ..

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  4. Briam. O prostituto da série.

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  5. A melhor série que eu já assisti na vida e o melhor casal que eu já me apaixonei. Brian e Justin vivem uma relação nunca vista na teledramaturgia, por isso todo mundo enlouquece por eles quando começa a ver a série, recomendadíssima!
    Quanto a juventude de Justin, o ator Randy Harrison, apesar de ter 23 anos quando começou a gravar a série, parecia realmente um adolescente, mas isso só fazia o casal ficar mais lindo ainda.

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  6. A Renata, autora do post, só pode ser fã de Brian e Justin hahahah o modo como escreveu sobre eles foi lindo. O relacionamento mais estranho/complexo/maravilhoso que eu já vi. Nunca vou esquecer QaF. Mesmo sendo mulher hetero, me ensinou tantas coisas, porque apesar dos personagens gays, é uma série sobre pessoas, independente de sexualidade, mostrando seus dramas, aflições e inseguranças, que são comuns pra qualquer ser humano. E amo demais o Brian, apesar dele ser um escroto, mas talvez seja por isso mesmo que adoro tanto. E me identifico muito com as ideias dele sobre não querer casamento nem filhos e a ideia de preferir morrer jovem

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