Fala a verdade: quem nunca cantou versos
como “se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda; amanhã velho será...”? Ou
aquela (a favorita do Décimo Andar) “que bonita a sua roupa; que roupinha muito
louca; era tudo remendado, não vale nenhum centavo, mas agrada a quem olhar...”?
Pois é, o protagonista dessas e de muitas outras musiquinhas, além das
históricas peripécias, deixou órfãos fãs de todo o mundo nesta sexta-feira. Difícil
pensar que, de uma vez só, perdemos o Chaves e o Chapolin Colorado.
Aos 85 anos e com pouco mais de 1,60m, Roberto Gómez Bolaños era
ator, escritor e produtor de cinema e teatro. A notícia da morte de uma das
maiores lendas e fenômenos latino-americanos do entretenimento foi confirmada pela rede de TV
Televisa, do México, país de origem do artista. Ele teria falecido em Cancún,
cidade onde morava com a família. Detalhes sobre as causas da morte, no
entanto, ainda não foram divulgadas. Mas é sabido que ele sofria de diabetes,
além de um enfisema pulmonar, conforme informações de agências de notícias.
Em novembro, por exemplo, sua filha
publicou uma imagem em sua conta no Twitter com o pai. Na ocasião, ele aparecia
um tanto abatido e com a ajuda de um respirador.
Para se ter ideia do tamanho do legado
deixado pelo humorista, apenas ‘Chaves’
(criado em 1971), que até hoje permanece na grade de programação do SBT, foi
traduzido para (pasmem) 50 idiomas. É o programa mais assistido da televisão Mexicana
de todos os tempos. Além de outros humorísticos bastante conhecidos, como Chapolin Colorado – muito famoso
no Brasil – e Chispirito, Bolaños
escreveu e adaptou 50 roteiros cinematográficos – e também atuou em 11.
Em sua conta no Twitter, Edgar Vivar, que
deu vida ao Senhor Barriga, expressou a sua tristeza: “Roberto, no te vas,
permaneces em mi corazón y en todos los corazones de tantos a que nos haciste
felices. Adiós Chavito hasta sempre”... – É de cortar o coração, a gente
sabe!
No mais, fica a nossa homenagem e eterna gratidão
pelos “pipipi...”, “foi sem querer querendo”, “Por que ninguém tem paciência
comigo?”. Isso sem contar nos piripaques , que só um pouco d’água conseguia
resolver. É, Chapolin, muito triste continuar sem a sua astúcia....
Aqui, um dos nossos episódios favoritos: