A conclusão do Summer Soul Festival é que Michel Teló fez um pacto mais forte que o da Xuxa

As coisas andam meio desatualizadas por aqui. Deve ser esse clima de férias. Mas nada mais justo que voltar a postar falando de um dos festivais que foram listados aqui no Décimo Andar, o Summer Soul Festival. O palco do evento, que já passou por São Paulo (24) e Rio(25) e, amanhã chega à Floripa, conta com Rox, Dionne Brimfield, Florence and The Machine, Seu Jorge e Bruno Marx. Mas como o ritmo ta meio lento, cheguei atrasada e só peguei os três últimos shows, logo só irei falar deles. Queria ter visto a afilhada de Amy Winehouse ( que se apresentou no mesmo festival em 2011) em ação, mas quando entrei no HSBC Arena não havia nem sinal de que Dionne esteve por ali. 


O meu real motivo de ter ido ao festival, foi o Florence and The Machine, conheci a banda há pouco tempo, gostei tanto do que ouvi que decidi assisti-los ao vivo e valeu super a pena. Com um clima meio mórbido e meio fofo, as músicas misturam uma atmosfera folk, gótica e pop. Tudo bem que é até um exagero falar de uma mistura disso tudo, mas o fato é que possuem um som único. Outra coisa única é a voz de Florence Welch que faz arrepiar de verdade. Canta fácil. Sem esforço. Fora isso, a cantora é simpática, divertida e doidaraça no palco. Mesmo sendo uma fã recente, curti muito o show. E claro que o auge da apresentação foi em "Dog Days are Over", o grande Hit da banda em terras tupiniquins, deixou todo mundo feliz, só não tão feliz quanto a Florence no palco, porque naquele nível de felicidade nem com alta cotação em euros (by Narcisa). 


Seu Jorge subiu ao palco depois de Florence e antes da atração principal, Bruno Mars. Achei isso o máximo, geralmente os festivais colocam as atrações nacionais em horários menos nobres e o público até nutre um certo repúdio algumas vezes, pois vivem a expectativa de ver o ídolo internacional logo. E o negão mandou muito bem e merece todo o respeito do mundo. Segurou as fãs aflitas de Bruno Mars com maestria. E fez todo mundo ter certeza que ele era a cara do Summer Soul Festival.

Com seu vozeirão e muito estilo empolgou o público, até mais que o Florence. Me descobri alta conhecedora de Seu Jorge, conhecia todas as músicas do repertório. Fora que a qualidade dos músicos da sua banda é muito boa. Os caras mandam muito bem. Foi uma apresentação sem defeitos e surpreendeu muita gente que não tava dando nada por ele. Seu Jorge ainda pediu que o público fizesse um minuto de silêncio pelas vitimas do desabamento dos prédios no centro do Rio que havia acabado de acontecer.Enfim, recomendo o show do Seu Jorge pra quem gosta de trabalhos de qualidade. 


E eis que chega o grande momento desta noite de quarta feira, Bruno Mars no palco. E o resultado foi um monte de mulher gritando ensandecidamente. Ele piscava o olho, mexia o dedo ou escorria o suor e elas gritavam. Uma coisa de louco, devo ter ficado mais surda depois desse show. Mas juro que até agora não entendi o motivo de tanta euforia. Não mesmo. Acho que só o fato do homem tocar um instrumento, cantar ou dançar o tornam lindo. Só pode ser isso. 


Como quase toda música do Bruno Mars vira Hit, não fiquei tão perdida assim no show. Conhecia quase todas da rádio ou de alguma novela, como "Talking to the Moon", mas dessa vez sem o Jonatas Faro pensando na ex do Pe Lanza. E eis que no meio de "Lazy Song", o grande hit dos fanfas, Bruno mandou " Delicious, delicious... this way you gonna kill me!". NOOOOOOOOOOOOOOO, não acreditei naquilo. Aí sim gritei, mas de desespero. Michel Teló fez um pacto tão forte com o capeta que "Aí se eu te pego" foi parar  lá, na voz do Bruno Mars.  É 2012. É sinal do final dos tempos. Por que meu Deus? O que se passa com o mundo? Por que ele ta ganhando mó grana com isso? 

Xuxa, minha rainha, tome cuidado, pois esse cara ta querendo roubar o teu lugar...