Com o fim da desastrosa Salve Jorge, agarramos nossas
esperanças em Amor à Vida. E gostamos muito do que vimos logo no primeiro
capítulo. O vilão Félix, de Mateus Solano, já entrou para o hall das
"divas" maquiavélicas da TV. Tudo ia bem, (exceto para as ex-chacretes,
enfermeiras e gordinhas) até que o brilho ruivo dos cabelos bem tratados de
Marina Ruy Barbosa falou mais alto.
A atriz, que interpreta Nicole, não quis passar a máquina
zero no seu lindo cabelo e fazer a Dickeman e mudou tudo. E agora a história
ameaça a desandar seriamente. A menina, que sofria de câncer, é
vítima de um golpe, morre no altar, não se desprende da matéria e vira
fantasma. E não é qualquer fantasma. É um fantasma vestido de noiva,
beirando ao ridículo.
Falem o que quiser das novelas, mas elas exercem um papel
social entre os brasileiros, influencia, ensina e informa. No caso, a história
que prometia esclarecer o público sobre o linfoma de Hodgkin tipo 4,
diagnostico de Nicole, que é curável, se transformou em um caso assustador de
morte no altar, traição e cabelos sedosos.
No meio de tanta polêmica sobre o fantasma, linfoma e
cabelo, começam a surgir papos de que Nicole não morreu e apenas forjou sua
morte para enlouquecer o ex-noivo e a "amiga" traíra. Ou seja, o que
nasceu para ter um lado social, virou revenge e deixou todo mundo com a cara na
poeira.
Este sem dúvidas é o grande ato falho da trama até o momento
e promete fazer a receita desandar e ridicularizar a coisa. Histórias de
vingança sempre rendem, porém o público não vai engolir isso facilmente.
Ou Walcyr Carrasco se esforça muito nessa receita ou teremos mais uma
novela "solada" na trama das 21h. Avenida Brasil, sdds!
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